quinta-feira, 29 de abril de 2021
Textos selecionados e ditos por Vergílio Ferreira
sábado, 17 de abril de 2021
Aparição - Capítulo 6
6.
Senti-me embrutecido, atordoado em todo o corpo.
(57)
(...) Que fazemos nós na vida? Que incrível pertinácia nos resolve numa ilusão toda a imensidade do milagre de estar vivo? Não vale então nada, meu velho desconhecido, esse prodígio de seres, em face de uma mão que não é já a de um semeador?
Ou seja, haverá alguma razão que seja mais forte do que o fantástico de estar vivo? Algumas haverão, certamente, claro. Mas serão só essas que estão por detrás dos atuais números elevadíssimos de suicídios?
O dr. Moura não se apercebeu dos sinais dados pelo trabalhador Bailote. Esta é a também a tragédia de todos quantos convivem com as pessoas que, depois, se suicidam. Como evitá-la? Primeiro, nunca menorizar intenções verbalizadas de suicídio (não foi este o caso aqui relatado por Vergílio Ferreira). Segundo, dar tempo, atenção e compreensão a quem mostrar aflição (aqui, já houve, não direi a culpa, mas sem dúvida um lapso do dr. Moura; compreensível, embora, pois tinha um doente à espera).
(57/8)
Era necessário que todos os homens vivessem em estado de lucidez, se libertassem das pedras, chegassem ao milagre de ver. Era absolutamente necessário que a vida se iluminasse na evidência da morte.
Porquê a necessidade deste confronto com a morte? Vergílio Ferreira, noutro lugar (Espaço do Invisível IV, p. 16), explica-nos: (…) a vida é o maior bem do homem. Mas direi que é em face da morte que esse bem se ilumina, como é contra a noite que uma luz melhor se vê.
Esta "noite" é a consciência aguda e violenta de que
(58)
(...) Mas quem morre é o universo, é a pura necessidade de ser. (...)
(59)
O engenheiro recostou-se na cadeira como um advogado que se informa ao atender um cliente. Eu estava numa situação de inferioridade e o que desejava não era uma tolerância mas uma comunhão. (...)
Quantas vezes isto nos acontece! Com um livro, ou um filme, ou um simples pensamento que significam muito para nós e disso queremos dar notícia emocionada ao outro. E o outro usa de ceticismo, de desconfiança, de distância ao que nós dizemos. Não é agradável.
O problema é que nós fazemos exatamente o mesmo aos outros! E, no entanto, para que isso não acontecesse, bastaria apenas dar atenção e querer perceber o que fez a outra pessoa ficar emocionada, mais nada; e não querer dar uma resposta "inteligente", não querer pôr o nosso "eu" a separar-nos.
(60)
Procura! O rasto da tua radiação divina, o lume secreto da tua aparição, onde está?
(63)
(...) Mas no outro dia, assim que me levantei, coloquei-me no sítio donde me vira ao espelho e olhei. Diante de mim estava uma pessoa que me fitava com uma inteira individualidade que vivesse em mim e eu ignorava. Aproximei-me, fascinado, olhei de perto. E vi, vi os olhos, a face desse alguém que me habitava, que me era e eu jamais imaginara. Pela primeira vez eu tinha o alarme dessa viva realidade que era eu, desse ser vivo que até então vivera comigo na absoluta indiferença de apenas ser e em que agora descobria qualquer coisa mais, que me excedia e me metia medo. Quantas vezes mais tarde eu repetiria a experiência no desejo de fixar essa aparição fulminante de mim a mim próprio, essa entidade misteriosa que eu era e agora absolutamente se me anunciava.
Eis um dos pontos do romance onde se explica o título que o autor lhe deu.
Não é saber simplesmente que estou vivo. É sentir a revelação de que há algo sem nome em mim, de anterior a tudo quanto sei e recordo e ponho em palavras. Algo que está flagrantemente vivo e que fulgura em tudo e por detrás de tudo.
(67)
- Mastigar as palavras?
- Bem... É assim: a gente diz, por exemplo, pedra, madeira, estrelas ou qualquer coisa assim. E repete: pedra, pedra, pedra. Muitas vezes. E depois, pedra já não quer dizer nada.
Como, Carolino? Sabes então já a fragilidade das palavras, acaso o milagre de um encontro através delas connosco e com os outros? E saberás o que há em ti, o que te vive, e as palavras ignoram?
Repetir palavras negativamente carregadas constitui uma técnica comportamental antiga (Word Repeating Technique) que várias psicoterapias (por exemplo, a Acceptance and Commitment Therapy) ainda hoje usam para as esvaziar dessa carga emocional.
Curioso. Vergílio Ferreira detestava a "psicologia". Teria tido conhecimento desta técnica? Ou descobriu-a sozinho?
Quanto à técnica em si, considero o seu efeito psicológico questionável, já que o problema não está tanto na palavra em si, mas na ideia que ela simboliza. Quando me chamo de "burro" depois de uma asneira que fiz, esse nome incomoda-me e faz-me zangar ou ficar triste comigo mesmo. Mas não é a palavra em si que tem esse efeito, mas o que ela simboliza.
Parece-me que, mesmo que eu consiga dizer a palavra "burro" como se fosse uma sequência aleatória de sons sem significado aparente, o meu estado de espírito, fruto da minha perceção e posterior julgamento do que fiz, não se alterará significativamente. Por outras palavras, se uma ideia me queima de vergonha, não é por esvaziar a palavra que a nomeia que eu vou deixar de sentir essa vergonha.
Mas posso estar enganado e certamente haverá casos em que esta técnica será capaz de ajudar pessoas em dificuldades.
Voltando à ideia que Vergílio Ferreira aqui expressa, entendo que as palavras são fundamentais para chegar ao essencial de nós (a existência deste livro prova-o). Mas, depois, podem ser uma cortina que nos cega para realidade. Podem, inclusivamente, enganar-nos pois elas desconhecem o essencial de cada um de nós, e o que é específico e único em cada um de nós.
Eu tinha ainda de ir ao Nazaré antes que a livraria fechasse.
sexta-feira, 9 de abril de 2021
Aparição - Capítulo 5
5.
E todas as quartas e sábados eu dava lição a Sofia.
(47)
Começámos pelo princípio para recapitular. Ela cantava as declinações, tinha um modo gracioso de se enganar e de tal forma que eu sentia obscuramente que os erros é que estavam certos. E era assim como se qualquer coisa a habitasse e fosse maior do que ela e do que a miséria das regras de gramática. Mas tinha sobretudo uma maneira brusca e cravada de travar e de me ficar olhando, como se me procurasse em qualquer sítio de mim onde não houvesse lembrança do que estávamos dizendo.
Como toda esta geração que cresceu sem amizades femininas, assistimos aqui mais um exemplo de mitificação da mulher - devo dizer que, se calhar erradamente, considero esta uma das formas mais belas e poéticas de sexismo benévolo... porque, apesar de muito matizado, é um sexismo benévolo que aquele excerto do romance revela. Senão, vejamos:
«Estes sentimentos "positivos" caracterizam as concepções sexistas benévolas, que se expressam através de atitudes de admiração e proteção e, na maioria das vezes, não são consideradas como uma forma de discriminação contra a mulher.» (Raquel Pereira Belo; Valdiney V. Gouveia; Jorge da Silva Raymundo; Célia Maria Cruz Marques (2005). Correlatos valorativos do sexismo ambivalente. Psicol. Reflex. Crit. vol.18 no.1 Porto Alegre Jan./Apr. 2005)
Tal como Vergílio Ferreira, passei por isto e, ainda hoje, não consigo deixar de, ao nível emocional, mergulhar nesta mitificação. Depois, o meu cérebro racional (auxiliado pela memória de muitas desilusões) vem abrir-me os olhos para eu não levar a sério esta fantasia.
Passei por isto, mas não só, também pela reação suplementar a esta que Vergílio Ferreira descreve aqui magistralmente:
(48)
(...) E eu sentia que tudo o que é vivo na terra estava ali presente no seu corpo. Que tinha que fazer, frente à execução da alegria, o meu pobre ministério de cadáver? Assim um íntimo desastre me tolhia e envelhecia as palavras. (...)
O que é interessante é que Vergílio Ferreira de alguma forma a seguir desmente aquele sexismo através de uma afirmação de rebeldia de Sofia, com a qual empatizamos de imediato:
- Porque há-de a vida ter razão sobre nós? Porque havemos de ser sempre nós a submeter-nos? Um curso e um marido e filhos...
Ou seja, rebeldia contra a vida convencional, convencionalmente correta...
(52)
Em certo serão de Inverno, Sofia, Ana quebrou-te, creio que por descuido, um braço a uma boneca. Tu foste para o quarto, grave, sem uma lágrima. E de um a um quebraste todos os teus brinquedos, impedindo violentamente que te levassem os cacos: melhor que a náusea das compensações medianas, preferias o absoluto da destruição.
Senti um ataque brutal a todas as minhas vísceras e vi como era compreensível o sonho de Sofia. Realizar a vida num acto, num gesto, num sonho, por mais miserável que seja.
Sim, há aqui uma grandeza, um absoluto que atrai, que se admira. O que me interrogo, porém, é se se se ama uma pessoa assim. Dificilmente. E por isso, sem amor, esta pessoa encaminha-se irresistivelmente para o desastre.
Aliás, Vergílio Ferreira, mais à frente, faz uma correção, pequena, mas que se traduz num mundo de diferença:
(53)
«Reunir a vida num acto, num sonho. Mas ter primeiro a evidência da sua grandeza, da sua verdade. E ter a evidência daquilo que ele recusa.»
Este «Mas» tem toda a importância porque pode contribuir para afastar qualquer tendência mais destruidora, seja auto-, seja hetero-.
(53/4/5)
Um dos episódios mais marcantes deste livro, o encontro com o semeador Bailote. O problema da velhice (quem disse que, antigamente, os velhos eram respeitados?), do valor da utilidade para o que importa na vida, da objetificação do ser humano por parte de patrões.
- O homem enforcou-se.
terça-feira, 6 de abril de 2021
Aparição - Capítulo 4
4.
Portanto, eu tinha um problema: justificar a vida em face da inverosimilhança da morte. (...)
Este capítulo é um dos mais complexos, ricos e interessantes deste livro. Vergílio Ferreira consegue condensar em quatro páginas uma quantidade infinita de sabedoria. Constituindo cada frase, por si só, uma unidade de reflexão independente ou quase independente das outras. Uma escrita extraordinária!
(43)
Portanto, eu tinha um problema: justificar a vida em face da inverosimilhança da morte. E nunca mais até hoje eu soube inventar outro. (...)
Ou seja, como viver totalmente presente, isto é, não distraído, não ausente, não entorpecido, não cego, etc.? Sabendo que vem aí a morte que nega tudo e tudo rasura?
Sim, quanto aos outros problemas sinto-os também um pouco como "invenções", que a maior parte deles não são tão reais assim (tanto que, passados uns anos, ou menos, esquecemos até que eles existiram).
Portanto, o problema: Se sei que vamos todos morrer, eu incluído, que valor pode ter a vida? aliás, pergunto-me muitas vezes: com tudo o que eu gasto e consumo para viver como vivo, de um ponto de vista objetivo, a minha vida vale tanto? Para, depois, acabar no nada? E, ainda por cima, esquecido, tão esquecido como se nunca tivesse existido. Confesso que às vezes tenho dúvidas.
São estas dúvidas que Vergílio pretende esclarecer neste capítulo. Dando uma resposta? Talvez não, talvez fazendo perguntas diferentes.
Mas há mais. A um nível mais imediatamente prático, como arranjar força para lutar contra a injustiça, a miséria, a prisão, sabendo que nada acaba e que tudo acaba? Mas, absolutamente, eu é que acabo e tudo acaba comigo, pois sou eu que me dou vida a essa luta e, acabando eu, acaba a luta para mim.
(43)
(...) - quantos modos de esquecer ou de não saber ainda o pequeno problema fundamental. (...)
Sim, tantas maneiras que a sociedade criou para nos distrairmos, para não pensarmos sequer! Temos essa pressão, mas acrescentamos-lhe outras da nossa lavra. Inventar problemas acessórios é, como vimos, uma delas. Além de que esquecer é algo que fazemos com muita facilidade. No fim de contas, a memória controlada pelo próprio ser vivo é um ganho evolutivamente recente. É como se este problema nos pesasse, como se a sua tensão fosse intolerável para uma vida que todos desejamos mais tranquila. Como diz Vergílio:
(43)
(...) E quantas vezes agora o esqueço? O mais forte em nós é esta voz mineral, de fósseis, de pedras, de esquecimento. Ela germina no homem e faz-lhe pedras de tudo. Assim, quando procuro em mim a face original da minha presença no mundo, o que descubro não é o alarme da evidência, o prodígio angustioso da minha condição: o que descubro quase sempre é a indiferença bruta de uma coisa entre coisas. (...)
Uma das razões pelas quais não acredito na iluminação budista é precisamente o facto de aquilo que, numa altura da nossa vida, constituiu uma iluminação, um relâmpago de sabedoria, desaparece sempre inevitavelmente. Com sorte, conseguimos ficar com alguns resíduos vivos, às vezes pistas que nos permitem chegar outra vez a um momento semelhante. Mas habitualmente nem isso.
Quando li a frase «quando procuro em mim a face original da minha presença no mundo», veio-me à ideia a definição de Mindfulness dada por Jon Kabat-Zinn: (...) awareness thar arises through paying attention, on purpose, in the present moment, non-judgementally.
Note-se que, para a palavra portuguesa consciência, os anglo-saxónicos têm pelo menos três diferentes: conscience (a nossa consciência moral), consciousness (a nossa consciência das coisas) e awareness (uma perceção e compreensão muito abrangentes de tudo o que se está a passar) que penso que só pode ter a tradução de "consciencialização".
Aquela definição está muito próxima do tipo de consciência que Vergílio defende. Repare-se que Jon Kabat-Zinn não diz, na definição, ao que a pessoa deve prestar atenção. Ora, a seguir, ele introduz uma pequena "batota", ao propor que prestemos atenção à respiração, o que, apesar de tudo, já é uma distração.
Vergílio Ferreira é, assim, muito mais radical (no sentido de sério e rigoroso). Ele pede a nossa atenção para o que é essencial e, como já o sabemos bem, «O essencial é invisível para os olhos...» (Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, fala da raposa). E que "essencial" é este? Se fosse possível dizê-lo, isso significaria que ele se teria tornado visível, logo, não essencial...
(44)
E todavia, agora que me descubro vivo, agora que me penso, me sinto, me projecto nesta noite de vento, de estrelas, agora que me sei desde uma distância infinita, me reconheço não limitado por nada mas presente a mim próprio como se fosse o próprio mundo que sou eu, agora nada entendo da minha contingência. Como pensar que «eu poderia não existir»? Quando digo «eu», já estou vivo... Como entender que esta iluminação que sou eu, esta evidência axiomática que é a minha presença a mim próprio, esta fulguração sem princípio que é eu estar sendo, como entender que pudesse «não existir»?(...) E todavia eu sei que «isto» nasceu para o silêncio sem fim...
E do silêncio sem fim... Também tento imaginar o que era ser eu antes de ter nascido, quem é que estava «lá». Claro que a resposta racional é «nada». Mas imaginá-lo é um muro que não se consegue ultrapassar, pois nós estamos do lado de cá, do lado da existência e da vida.
Gosto mais de tentar este exercício, chamemos-lhe assim à falta de palavra melhor, porque estou menos contaminado culturalmente por narrativas fantasistas. Porque é curioso como a religião em que eu nasci e me criei não se ocupa do que éramos nós antes de nascer. Apenas se preocupa com o que acontece depois. Assim, parto para esta procura com um olhar mais puro.
E, de repente, eu existo-me como nunca existi antes. Porque do que eu fui só tenho uma memória e, agora, eu sou uma vivência. Que é sempre única e insubstituível. E exaltante. Que resulta do milagre (pois de um milagre se trata) de estar vivo.
(45)
Mas ofendo-te, velha mulher, aqui a desvendar a tua psicologia - eu, que detesto como um insulto essa coscuvilhice das minudências íntimas, esse ofensivo desmontar de relojoaria, como se um ser humano fosse um brinquedo.
Não posso deixar de pensar que Vergílio Ferreira tem toda a razão. Mas a nossa necessidade de para tudo encontrar causas e efeitos (não esqueçamos que o cérebro que faz isto foi-nos dotado pela natureza e pela evolução a fim de melhorar as nossas condições de sobrevivência) leva-nos a todos (até ao próprio autor) a cair sempre neste processo um tanto degradante, se não estiver iluminado pela empatia e pela compaixão.
Mas não só. Também o deve acompanhar a humildade de aceitar que nos «enganamos» sempre. Isto é, que, por mais inteligentes e perspicazes que sejamos, não conseguimos viver o que o outro está a viver, em primeiro lugar. Em segundo, quando traduzimos aquela tentativa de compreensão por palavras, estamos a destruir irremediavelmente a complexidade e a energia da pessoa objeto da nossa observação, reduzindo-a muitas vezes a uma caricatura falsa e cruel. Macbeth, pela mão de Shakespeare, de alguma forma alerta-nos:
Life's but a walking shadow, a poor player
That struts and frets his hour upon the stage
And then is heard no more: it is a tale
Told by an idiot, full of sound and fury,
Signifying nothing.
Ou, em português:
A vida é apenas uma sombra errante, um mau ator
A se pavonear e afligir no seu momento sobre o palco
E do qual nada mais se ouve. É uma história
Contada por um idiota, cheia de som e fúria,
Significando nada.
Em suma, Vergílio Ferreira detesta a Psicologia. a explicação e a descrição de como o ser humano funciona, porque o que é fundamental para a vida não é o "como", mas "o que" ou "quem" eu sou.
(...) assim eu esqueço tudo, e o que te resume, boa mulher, é esse teu velho álbum de fotografias, que tanta vez me explicaste por saberes que eu conhecia já a vertigem do tempo e me legaste depois para o guardar e eu tenho agora aqui na minha frente como o espectro das eras e das gentes que já mal sei e me fitam ainda do lado de lá da vida e me querem falar sem poderem e me angustiam como o olhar humano do Mondego dias antes de o António o matar.
Aparição - Capítulo 10
10. Trabalho no Liceu com entusiasmo - o entusiasmo do principiante, ou seja, do que ainda está criando. (...) (108) (...) Mas eu sabia, e...
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1. Pelas nove da manhã desse dia de Setembro cheguei enfim à estação de Évora. (...) (13) Está uma manhã bonita, com um sol íntimo doura...
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10. Trabalho no Liceu com entusiasmo - o entusiasmo do principiante, ou seja, do que ainda está criando. (...) (108) (...) Mas eu sabia, e...
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Passemos agora aos realmente novos escritores. Já agora, sobre o escritor Almeida Faria é por demais sabida a admiração de Vergílio Ferreira...